3.1 Comunidade Virtual de Aprendizagem, Estágio e Aprendizagem Experiencial

De acordo com Zabalza (2014) o acesso ao conhecimento pode ocorrer por meio da experiência concreta e da experiência mental, sendo essa segunda caracterizada pela construção de conceitos e ideias abstratas a partir das fontes de informação as quais o aprendiz tem acesso ou mesmo por sua própria especulação. Sendo assim, entende-se que, pelas características de uma Comunidade Virtual de Aprendizagem, conforme destacadas pelos autores pesquisados, esta possa ser um meio viável para a socialização das experiências vivenciadas pelos estudantes nos respectivos campos de estágio, que são amplos e diversificados para qualquer especialidade profissional, ainda que as oportunidades de estágio possam ser restritas.

Cabe ressaltar também que, de acordo com Zabalza (2014, p. 183), o estágio fundamentado na reflexão considera o exercício profissional como “um conhecimento em ação e não um conhecimento acadêmico”, cabendo aos profissionais dar sentido e organizar as situações “variáveis e pouco definidas” com as quais lidam, de modo que possam saber como proceder sempre que elas ocorram. Nesse sentido, a troca de experiências proporcionada por meio de uma Comunidade Virtual de Aprendizagem pode contribuir para que os futuros profissionais antecipem situações com as quais poderão se deparar ao longo de suas trajetórias, contribuindo assim com a sua formação.

Tendo por base essa concepção de aprendizagem, o Guia propõe em sua versão original*, concebida na plataforma Moodle, o uso de duas ferramentas no intuito de promover a interação entre os estudantes e entre estes e seus professores para a construção desse conhecimento coletivo.

*  disponível em educapes.capes.gov.br/handle/capes/705640