2.1 A aprendizagem experiencial
A aprendizagem experiencial pode ser descrita como aquela que resulta da reflexão sobre a experiência vivida e que leva o indivíduo a agir intencionalmente de modo a comprovar as hipóteses formuladas a partir dessa reflexão (GIBBS; RUST, 1993 apud ZABALZA, 2014), levando a uma experiência mais profunda e a nova reflexão, num movimento cíclico (ação-reflexão), que resulta no aperfeiçoamento da prática em decorrência dos ajustes introduzidos a cada novo ciclo com base na reflexão (ZABALZA, 2014).
Segundo Pimentel (2007), formular hipóteses significa imaginar modos de agir que capacitem o indivíduo a articular o que conhece em função dos objetivos de uma situação experiencial em particular, total ou parcialmente nova, o que envolve diversas operações mentais como a união e seleção de informações, o aprimoramento de procedimentos, a separação, ordenação e reordenação dos elementos que compõe a experiência, bem como a adição de novos elementos a esse processo. Também de acordo com a autora, numa experiência de aprendizagem, essas hipóteses são revistas, reelaboradas e aperfeiçoadas até se tornarem suficientemente sólidas para servirem de base para experiências futuras, ou seja, tornarem-se generalizáveis, capacitando o indivíduo a identificar previamente situações análogas a vivenciada e como proceder diante delas.